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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Florais funcionam! Saiba mais em nossa entrevista com a terapeuta floral Daniela Wahlers

O bate-papo desta quinzena foi com Daniela Wahlers terapeuta floral. Vamos esclarecer como os florais atuam, quais as indicações e como é realizada a consulta com o pet!




T&L: O que são florais? Como é a terapia floral?
DW: Florais são essências energéticas extraídas de flores e plantas. Essa energia pode ter vários nomes, vibracional, padrão eletromagnético, etérica, biomagnética e por aí vai, mas no fundo é tudo a mesma coisa, é a energia vital destes elementos. Nas essências florais esta energia é descarregada na água, tornando-a um método simples e natural de cura.
O objetivo da terapia floral é tratar a pessoa e não a doença, tratar a causa e não o sintoma. Em uma consulta o terapeuta investiga as possíveis causas do transtorno a ser tratado através de uma conversa que permite, através de perguntas relacionadas ao histórico de saúde e de vida do cliente e de seu estilo de vida, uma compreensão do que a pessoa ou animal estão passando e assim possa escolher as essências florais que trarão mais benefícios para aquele individuo naquele momento.


T&L: muita gente acredita que floral só funciona se a pessoa acredita, como se fosse um placebo. Você explicar pra gente como funcionam os florais?
DW: Esta é uma pergunta sem resposta conclusiva, existem estudos e pesquisas científicas com plantas e animais que comprovam a eficácia dos florais, mas ainda não existem instrumentos que detectem sua ação no organismo. Com o avanço da neurociência e da física quântica, aos poucos, começam a surgir teorias, mas estas ainda não são aceitas por todos.
Sabemos que os florais agem sobre o estado emocional das pessoas trazendo equilíbrio e harmonia entre o corpo, a mente, o espírito e a personalidade. Eles nos fazem reagir contra nossos estados emocionais negativos, que podem vir a causar doenças e acentuam nossas qualidades positivas,  consequentemente promovendo saúde. Seus efeitos são percebidos claramente por aqueles que indicam e utilizam.
Deixo aqui alguns links e um convite àqueles que acreditam que florais são placebo para lerem, se informarem, experimentarem e comprovarem por si mesmos.

T&L: Qual a diferença entre terapia floral e homeopatia?
DW: Tanto a homeopatia quanto os florais agem no corpo energético da pessoa, mas as semelhanças acabam aqui.
A homeopatia trata problemas físicos, mentais e emocionais, mesmo que de uma maneira holística, em uma vibração mais próxima do corpo físico e age por similaridade, ou seja, se usa uma substância que normalmente faria mal a uma pessoa em compostos ultra diluídos e usam plantas, minerais e animais.
Já os florais focam no desequilíbrio emocional, atingindo o físico por consequência. Eles são feitos apenas com flores e agem pelo sistema dos opostos, substituindo emoções negativas por positivas. Quando usamos as essências florais, o seu padrão vibratório cria uma ressonância em nossos corpos sutis, despertando nossas qualidades adormecidas, que transformarão nossas crenças, permitindo mudanças de atitude e comportamento. A energia vital se reequilibrará, não pelo estímulo do medicamento que imita a doença, mas por não precisar mais repelir os desequilíbrios.


T&L: Qual a maior procura por florais para pet? Quais doenças e/ou comportamentos podem ser tratados? Existe alguma restrição?
DW: A grande maioria dos clientes buscam os florais para tratar os problemas emocionais dos seus pets como medos, depressão, comportamentos compulsivos, etc. Os florais podem ser utilizados para uma infinidade de comportamentos, não há restrições. Quanto ao tratamento de doenças é importante ressaltar que eles devem ser utilizados de forma complementar, auxiliando na cura, mas nunca substituindo tratamento veterinário. É preciso entender também que alguns comportamentos, por mais que pareçam estranhos para nós humanos, são naturais nos animais e os florais dificilmente agirão sobre eles.

T&L: Como é feita a consulta com o pet? Em quanto tempo o dono percebe as mudanças? Quanto tempo, em média, dura o tratamento?
DW: A consulta é feita através de um questionário e de uma conversa com o dono, como disse anteriormente, buscando compreender as causas do transtorno.
As mudanças começam a ser percebidas entre 3 e 6 semanas, e em termos gerais, um tratamento com florais deve ser feito por pelo menos 3 meses, a duração depende da gravidade do problema, da resposta cada individuo e do empenho do tutor em ajudá-lo a sair do estado em que se encontra. Os florais abrem um caminho para a mudança e o aprendizado e é papel do tutor auxiliar seu pet a percorrer esse caminho.


T&L: Hoje nós encontrarmos vários florais prontos nas farmácias e petshops, qual a principal diferença em comprar um desses florais e fazer um acompanhamento com um profissional?

DW: O grande problema com os compostos prontos pra pets é que muitas vezes eles são feitos baseados em emoções humanas, também às vezes o dono não identifica corretamente o que o pet precisa e por isso eles não funcionam. Um exemplo clássico é agressividade em cães, que 99% das vezes tem a ver com alguma forma de medo e os florais para agressividade usam essências para hostilidade e raiva. A verdadeira terapia floral não tem como não ser individualizada, cada um tem uma realidade e uma causa específica para o problema e é isso que os florais prontos não tratam.


T&L: Existe uma maneira correta de ministrar o floral para o pet (na água, na comida, diretamente na boca)? Tem como fazer biscoitos com floral como podemos fazer com remédios alopáticos?
DW: Os florais mostram melhor eficácia quando o animal tem contato direto com eles, podem ser pingados diretamente na boca ou entre o focinho e a boca, aplicados em pontos de acupuntura ou nos chakras. Caso não seja possível ministrar diretamente na boca pode-se adicionar 16 gotas à água do bebedouro toda vez que trocar a água, contanto que o pet beba pelo menos 4 vezes ao dia, mas neste caso os efeitos podem demorar mais a aparecer. Também é possível adicionar à comida, misturar com um pouquinho de iogurte ou água de coco. Eu sempre recomendo que pelo menos uma vez ao dia se aplique o floral diretamente no pet, um bom ponto é um que fica na cabeça, entre as orelhas. Esta é uma ótima forma de aplicar florais em gatinhos mais ariscos. O tutor pode molhar a mão com o floral e espalhar na cabeça do gatinho fazendo carinho.


T&L: Como deve ser guardado o floral? Deixar perto de eletrodomésticos causa alguma alteração na fórmula?
DW: Ele deve ser guardado em local fresco e longe da luz direta do sol, deixar perto de eletrodomésticos não altera a formula.
Deve-se tomar muito cuidado com o conta-gotas, se tocá-lo ou encostá-lo na boca, lave em agua corrente antes de retorná-lo ao frasco para evitar proliferação de bactérias que podem estragar a formula. Caso o líquido pareça turvo descarte e faça uma nova formula.


T&L: Na terapia floral sabemos que é possível tratar só o pet e também a família toda. Em quais situações é indicado que os humanos e os pets façam o acompanhamento? Existe algum benefício em tratar a família toda?
DW: Muitos problemas comportamentais e de saúde dos pets tem origem nos donos, nesses casos é extremamente importante que eles também façam o tratamento. Nossos pets são sensíveis e exímios observadores, eles percebem quando seu dono está com medo, ansioso, estressado e reagem a essas emoções. Sempre que trato um pet gosto de indicar algumas essências para o dono, mesmo que ele esteja bem emocionalmente, para melhorar a sintonia e a comunicação entre eles.
É sempre maravilhoso quando toda família toma florais, com ou sem pets, já que eles estimulam a comunicação clara e sincera, a empatia e a resolução de conflitos de forma pacífica, assim promovendo a harmonia entre as pessoas.


T&L: Em quais situações ou casos você indica que o dono procure um terapeuta floral?
DW: Em quaisquer situações ou fases da vida onde se necessite de equilíbrio emocional, corporal e energético. Quando há problemas comportamentais e de fundo emocional como traumas por abandono ou maus-tratos, medo de fogos e trovões, fobias no geral, ansiedade de separação, comportamentos destrutivos, comportamentos obsessivos, lambedura de patas, luto, agressividade, etc. Em momentos de mudança de rotina ou como auxiliares em doenças psicossomáticas ou crônicas como dermatites, uropatias, gastropatias, em convalescenças e pós-operatórios, também para ajudar o a limpar o corpo após intoxicações e envenenamentos.


T&L: Obrigado, Daniela, ficamos muito felizes por você ter aceitado nosso convite! 

terça-feira, 15 de abril de 2014

entenda a importância da higiene bucal do seu pet! Bate papo com a Dra. Patrícia Barbosa odontóloga

Batemos um papo sobre tártaro placa bacteriana e suas complicações, limpeza dos dentes, cuidados com a boca dos pets com a Dra. Patrícia Barbosa. Primeira lição aprendida: tem placa bacteriana tem doença periodontal! 




T&L: O que é a doença periodontal? Existem diferentes tipos e/ou graus? O que faz com o animal tenha essa doença?
PB: É a doença infecciosa mais comum em cães e gatos adultos. Apresenta-se como uma doença inflamatória e progressiva das estruturas de suporte e proteção dos dentes e é a principal causa de perda dental prematura em cães e gatos.
O início se dá com a aderência de bactérias na superfície do dente e gengiva, formando a placa bacteriana. A forma inicial da doença é a inflamação da gengiva (gengivite), que é um processo reversível e pode ser resolvido com a profilaxia (raspagem e polimento).
A progressão da inflamação leva a um processo chamado periodontite, em que os tecidos que sustentam os dentes são afetados. Essa inflamação causa destruição e é irreversível. Nesse caso, é necessário realizar extração de alguns dentes.
A periodontite, ou doença periodontal, é classificada em vários graus dependendo da extensão do dano nas estruturas de suporte do dente (mobilidade dentária, perda óssea, retração de gengiva, exposição de furca).



T&L: Além do bafinho que incomoda e do aspecto sujo do dente, a doença periodontal oferece algum o risco para a saúde do pet?
PB:  Um problema mais grave em relação à doença periodontal é a bacteremia, que é a movimentação das bactérias ou de seus subprodutos pela corrente sanguínea. É preocupante pois essas bactérias podem se alojar em órgãos importantes, como rins, fígado e coração.


T&L: Quando o animal deve ser submetido ao tratamento periodontal? Existe alguma restrição ao procedimento? Quais os riscos?
PB:  O animal deve realizar anualmente a profilaxia oral, que é a raspagem e o polimento dos dentes. Se o animal apresentar dificuldade para comer, sangramento ou salivação excessiva ou incômodo oral, ele pode estar dando sinais de que a saúde oral está comprometida. Desse modo, deverá passar por avaliação com o dentista veterinário, que fará uma avaliação e saberá instituir o melhor tratamento.


T&L: Como é feito o tratamento periodontal? O pet é anestesiado para o procedimento? É preciso tomar algum remédio antes? Os humanos quando fazem limpeza dentária devem evitar café, chá verde, molho de tomate.... e os pets? Os donos devem ter algum cuidado após o tratamento?
PB:  O animal deve sempre ser submetido à anestesia geral. O animal precisa estar dormindo para que possa ser feita uma avaliação aprofundada e um trabalho com utilização de instrumentos cortantes de forma segura.
Em relação à medicação, varia de animal para animal, de acordo com o grau de doença periodontal e as condições gerais.
Após o tratamento, se forem feitas extrações ou outros procedimentos que possam causar sensibilidade, recomenda-se oferecer alimentação pastosa, e nada mais. Outro cuidado importante é manter a higienização com antissépticos bucais.


T&L: Qual a importância de um veterinário especializado em odontologia realizar o procedimento?
PB:  O veterinário especializado possui conhecimento teórico e prático mais avançado que o clínico geral, pois concluiu um curso de pós-graduação lato sensu de 500 horas. O dentista veterinário tem o material cirúrgico mais adequado e equipamentos específicos para atendimento odontológico (aparelho de radiografia intraoral, equipo, compressor).



T&L: É possível ter trincas ou outras complicações embaixo do cálculo? Em quais situações isso é mais comum? O que o veterinário odontólogo faz nesses casos?
PB:  Sim, é possível que existam defeitos no esmalte dentário ou fraturas escondidas sob o cálculo. O esmalte dentário protege a dentina e, nas situações em que a dentina fica exposta (ex: má formação do esmalte ou fratura), a placa bacteriana se adere com maior facilidade, e consequentemente, o cálculo é formado em maior quantidade. Qualquer que seja o caso, o dentista veterinário é capaz de diagnosticar e avaliar a melhor conduta (extração, tratamento de canal ou restauração).


T&L: Muitos blogs falam que tem que escovar os dentes dos pets todos os dias, mas a gente sabe que poucos donos podem/lembram/conseguem fazer isso. Escovar os dentes uma vez na semana é suficiente para evitar a doença periodontal? Você tem alguma dica para nos dar para que seja mais fácil e agradável a hora da escovação?
PB:  A placa bacteriana se adere ao dente em 24 a 48 horas. Sendo assim, é importante que a escovação seja diária ou a cada 2 dias. Claro que no nosso dia-a-dia atribulado fica complicado escovar os dentes dos nossos pets, ainda mais quando eles não aceitam com muita tranquilidade. Por isso, eu sempre passo algumas dicas aos proprietários para tentar fazer essa atividade se tornar um momento agradável tanto para o dono quanto para o pet, seguindo algumas etapas.
Primeiramente, o animal deve se acostumar à manipulação oral. O proprietário deve fazer carinho na região da boca até o anima permitir a aproximação sem reclamar.
Depois dessa etapa, deve-se começar a fazer uma manipulação nos dentes e na gengiva, com os dedos mesmo. Aqui, o dono pode utilizar uma gaze envolvendo o dedo, molhada ou com um pouquinho de pasta (que deve ser de uso veterinário), ou uma dedeira de borracha.
A próxima etapa é a escovação com escova de dente. Nesse ponto, o animal já vai estar acostumado com a manipulação e deve aceitar a escova com mais tranquilidade.
É importante sempre realizar a escovação no mesmo local e no mesmo horário, para que o animal se acostume com uma rotina. Ao final, o pet deve receber uma recompensa como forma de incentivo. Pode ser um petisco, um carinho, um passeio, ou qualquer coisa que ele goste muito. Ele vai começar a entender que se aceitar a escovação, vai receber um agrado.
O tempo entre uma etapa e outra depende da aceitação do pet. É essencial ter calma e paciência para que esse momento se torne agradável para os dois!


T&L: Quando chegamos nos petshops existem várias pastas de dente. Existe realmente diferença entre elas? Qual a escolha mais acertada?
PB:  A pasta de dente de uso veterinário não contém sabão nem flúor. Esses componentes da nossa pasta de dente podem causar irritação gástrica ou até intoxicação nos pets. A pasta veterinária é palatável e pode ser ingerida pelos animais sem causar nenhum prejuízo. Existem várias marcas e a escolha deve ser feita de acordo com a indicação do médico veterinário.


T&L: Nós vimos também alguns produtos novos que prometem diminuir o cálculo e melhorar o hálito (tem pozinho, tem gel, tem mordedores específicos, entre outros). Eles são seguros para os pets? Você tem acompanhado bons resultados?
PB: Esses produtos não diminuem a quantidade de cálculo. O que eles podem fazer é agir sobre a placa bacteriana, reduzindo sua aderência ao dente. Eles são seguros sim, mas não devem ser utilizados como produtos milagrosos. Alguns produtos que podem também podem atuar como adjuvantes na higienização oral são os “chews”, bolinhas, e outros objetos que estimulam a mastigação.


T&L: Você pode dar uma dica para os donos dos pets manterem a saúde bucal dos seus melhores amigos?
PB:  A palavra-chave é prevenção. Profilaxias periódicas e escovação diária previnem problemas mais graves e promovem não só a saúde oral quanto o bem estar do pet. O dono deve sempre estar atento a alterações como prostração, diminuição ou dificuldade na ingestão da ração, sangramento ou salivação excessiva.


T&L: Adoramos o bate papo Dra. Patrícia, temos certeza que agora saberão como avaliar a hora de procurar um dentista pra seu pet!